O aumento de volume (hipertrofia) das conchas nasais é uma das principais causas de obstrução nasal (nariz entupido). Em muitos casos, ela ocorre devido à rinite alergica e também ao uso - e abuso - de descongestionantes nasais (oximetazolina, nafazolina)

Uma das principais causas de obstrução nasal é o aumento de volume das conchas nasais (hipertrofia de conchas ou cornetos nasais). Talvez você já tenha ouvido falar deste problema, mas tenha escutado o seu nome popular" "carne esponjosa do nariz".

Mas, afinal, o que são as conchas nasais?
As conchas nasais são estruturas que todos possuem no interior do nariz. Temos três conchas em cada lado do nariz:

1. Inferior: é a maior concha do nariz, e sua principal função é aquecer, umidificar e direcionar a passagem do ar. Esta estrutura tem muitos vasos sanguíneos no seu interior, razão pela qual fica mais "inchada" quanto deitamos, nas variações de temperatura. Nesta página, vamos falar sobre o tratamento cirúrgico desta estrutura.

2. Média: é uma estrutura óssea, que em 15% dos pacientes pode ser mais volumosa do que o normal (concha média bolhosa) e causar obstrução nasal.

3. Superior: é pequena, e tem importância enorme no olfato (cerca de 80% dos receptores olfatórios estão aí localizados). Não causa obstrução nasal.

Por que elas aumentam de tamanho?
Existem muitas causas para o aumento da concha nasal inferior: rinite alérgica, abuso de descongestionantes nasais, infecções, rinossinusites agudas e crônicas, tumores. Nos pacientes com RINITE ALÉRGICA e naqueles que usam DESCONGESTIONANTES NASAIS, seu tamanho aumenta significativamente e causa uma sensação terrível de nariz obstruído.

Algumas destas condições podem ser tratadas de maneira adequada com medicamentos mas, em muitos casos, chega o momento em que a cirurgia é melhor opção para proporcionar uma respiração ADEQUADA, com melhora importante da qualidade de vida, sobretudo na realização de atividade físicas e para dormir.

A cirurgia para redução da concha nasal (turbinoplastia) é uma opção segura para proporcionar uma respiração nasal saudável e sem esforço, com melhora duradoura da qualidade de vida, sobretudo para a realizar atividade físicas e para dormir.

Como é realizada a cirurgia?
A cirurgia é feita por dentro da própria fossa nasal do paciente, ou seja, sem a necessidade de qualquer incisão externa e sem nenhum tipo de cicatriz aparente.

A forma convencional de se realizar esta cirurgia é com o uso de um fotóforo (foco de luz na cabeça do cirurgião) e espéculos nasais. Neste caso, a visibilidade do cirurgião é bastante limitada e isso traz duas consequências:

1, A redução da concha nasal, em toda a sua extensão, se torna mais difícil. Por técnica convencional, é possível obter apenas uma visão razoável da região mais anterior da concha nasal. Assim, a quantidade de tecido removido fica abaixo do necessário e a obstrução nasal continuará.

2. A concha nasal é um órgão bem vascularizado, e possui em seu interior de 2 a 4 pequenas artérias. Durante a cirurgia para redução da concha nasal, é necessário cauterizar estes vasos para minimizar a chance de sangramentos importantes no período pós-operatório. No caso de técnica convencional, o controle do sangramento não é o ideal, pois não é possível visualizar claramente os pontos de sangramento que necessitam ser cauterizados.

Na técnica convencional de turbinectomia, é mais difícil obter um controle adequado do sangramento. Com isso, é necessário o uso do tampão nasal.


Turbinoplastia por Videoendoscopia:
A forma moderna de realizar a cirurgia é com auxílio de sistema de videoendoscopia. Neste caso, o cirurgião utiliza um equipamento chamado endoscópio, e com ele, acessa o interior do nariz e obtém, através de uma câmera e monitores de alta definição (FULL HD), uma visualização excepcional da cavidade nasal.

Isso permite que o procedimento seja realizado em toda a extensão da concha nasal, tornando-o mais eficiente (melhor resultado), bem como permite cauterizar os pontos de sangramento com a máxima eficiência. Desta forma, os resultados são mais duradouros e a chance de sangramento importante após a cirurgia diminui drasticamente. Desta forma, o temido tampão do pós-operatório é raramente utilizado (menos de 1% dos casos)

Além disso, o sistema de videoendoscopia permite que o pequeno osso no interior da concha seja removido, o que por sua vez, diminui a chance de o problema voltar.

Necessário dizer que o controle das doenças como rinite alérgica e sinusite crônica também é importante para a manutenção de um ótimo resultado de longo prazo.


Qual material utilizamos?

1. Sistema de videoendoscopia - sempre operamos com sistemas de videoendoscopia FULL HD (ou superior) e óticas alemãs de Karl Storz, a referência mundial neste campo da medicina. O material cirúrgico e sistemas de coagulação para hemostasia também são da Karl Storz.

2. Lamina de micrdebridador - como rotina, utilizamos microdeúrtidadores (pequenas cânulas que aspiram e cortam os tecidos simultaneamente), o que aumenta a precisão do procedimento, reduz o tempo cirúrgico e o sangramento.

Este conjunto de técnicas e materiais proporcionam uma recuperação mais rápida.

Na técnica por videoendoscopia, é possível obter uma redução adequada da concha nasal e controlar o sangramento com maior eficiência. As consequências: resultados mais duradouros (menor chance da concha voltar a crescer) e chance remota de precisar de tampão nasal.

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